Colonoscopia diagnóstica e terapêutica

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O QUE É A COLONOSCOPIA DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA?

A colonoscopia é um procedimento realizado para diagnosticar doenças do intestino grosso (cólon e reto) e rastrear o câncer e os pólipos colorretais. É executada por meio de um tubo fino, longo e flexível que provê uma imagem magnificada do cólon e do reto. Normalmente é realizada sob regime ambulatorial (não é necessária uma internação) com mínimo ou nenhum desconforto para o paciente.

A colonoscopia permite a identificação e remoção dos pólipos que podem levar ao câncer, bem como viabiliza a ressecção de alguns pólipos que já contêm câncer. Dessa forma, é tida como um procedimento terapêutico e que salva vidas.

Quem deve realizar a colonoscopia?

A colonoscopia deve ser realizada por um médico com treinamento adequado no diagnóstico das doenças colorretais e na detecção e tratamento dos pólipos colorretais. Tipicamente, é realizada por um coloproctologista (cirurgião colorretal) ou gastroenterologista.

O principal método de rastreamento para o câncer colorretal é a colonoscopia. Rastrear significa examinar indivíduos assintomáticos (que não têm sintomas). No caso do câncer colorretal, o rastreamento é focado na detecção de lesões precursoras (pólipos) e do câncer propriamente dito em suas fases iniciais. A remoção dessas lesões diminui a incidência e o número de mortes por câncer colorretal. A colonoscopia é rotineiramente indicada a partir dos 50 anos. Aqueles que possuem história familiar de câncer colorretal e/ou pólipos devem iniciar o rastreamento mais cedo (normalmente aos 40 anos) e realizar a colonoscopia com maior frequência em relação àqueles que não têm história familiar. Seu médico deve recomendar a colonoscopia também para avaliar sintomas como sangramento retal, alterações do hábito intestinal ou dor abdominal persistente.

A colonoscopia também deve ser recomendada nas seguintes situações:

– No seguimento de pacientes que têm história pessoal de pólipos ou de câncer colorretal;
– Pacientes com anemia crônica;
– Pacientes com doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou retocolite ulcerativa);
– Pacientes que apresentam condições hereditárias familiares como o Câncer Colorretal Hereditário Não-Polipose (HNPCC) – também conhecida como síndrome de Lynch, quando confirmada por testes genéticos.

Como a colonoscopia é realizada?

Um ou dois dias antes do procedimento, a maioria dos pacientes deve submeter-se a uma dieta pobre em fibras que consiste em liquídos sem resíduos. Na noite anterior ao exame é iniciado o preparo propriamente dito por meio da ingestão de agentes líquidos que permitem uma limpeza adequada do intestino grosso para que sua superfície interna possa ser minuciosamente avaliada durante o procedimento. Seu médico fornecerá a você todas as instruções da dieta e do preparo, além de orientar sobre o uso ou não de suas medicações diárias. A parte mais importante é a conclusão do preparo intestinal. Se você tiver quaisquer dúvidas, não hesite em discuti-las com seu médico antes do dia do procedimento.

Para a colonoscopia, os pacientes recebem uma sedação pela veia (intravenosa), que é administrada por um médico anestesiologista, que propicia absoluto conforto durante o procedimento. O colonoscópio é introduzido pelo reto e avançado ao longo de todo o cólon até a porção final do intestino delgado, conhecida como íleo. Qualquer alteração encontrada é documentada e, na presença de pólipos ou outras anormalidades, medidas como a remoção dos pólipos (polipectomia ou mucosectomia) e/ou biópsias são executadas. Esses materiais são devidamente encaminhados ao patologista para análise.

Na maioria dos casos, o procedimento leva menos de 30 minutos. Após o término do procedimento, alguns pacientes podem experimentar um leve desconforto do tipo cólica ou “dor de gazes” devido ao ar insuflado durante a colonoscopia. A seguir, os pacientes são liberados para o seu acompanhante que recebe todas as instruções pós-procedimento. Normalmente a dieta regular é reestabelecida e o retorno do uso das medicações de rotina é orientado pelo médico. Algumas restrições como dirigir e assumir alguns tipos de atividade são previamente explicadas. Os pacientes estão aptos a seguir com suas atividades na manhã seguinte à colonoscopia.

Quais são os benefícios da colonoscopia?

A colonoscopia é o principal método de rastreamento para o câncer colorretal. Nenhum outro procedimento em medicina é tão eficaz na prevenção do câncer como a colonoscopia. Como dito anteriormente, a detecção e remoção dos pólipos causa uma redução considerável no número de casos e de mortes por este tipo de câncer.

Quais são os riscos da colonoscopia?

A colonoscopia é um procedimento muito seguro com baixos índices de complicação, sendo as mais frequentes o sangramento e a perfuração que normalmente decorrem dos procedimentos terapêuticos. Essas complicações ocorrem em menos de 1% dos pacientes. Em alguns casos, por razões anatômicas, o colonoscopista pode decidir interromper o exame devido a dificuldades na progressão do endoscópio. Porém, isso é bastante incomum e depende muito da experiência do examinador. Existem outros métodos para a avaliação do intestino grosso, mas seguramente o mais acurado é a colonoscopia.

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